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Mostrando postagens de 2016

Reportagem associa tráfico de animais silvestres a práticas das religiões de matriz africana

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"A píton real é, inclusive, o símbolo de uma divindade – Dan – sendo por isso sacralizada", explica a ANMA Explícito ou disfarçado, o racismo assume várias formas, que permeiam todos os setores e camadas sociais. Ao longo do tempo, a mídia, controlada pelas elites conservadoras, reforça esse comportamento deplorável e inadmissível em relação ao povo negro. Depreciar o negro e toda e qualquer manifestação em que afrodescendente são protagonistas é parte de uma estratégia dominadora e perversa. Mais: mostra que o capital está nas mãos de ignorantes. Às vésperas de o Supremo Tribunal Federal apreciar a constitucionalidade do abate tradicional pelos afrodescendentes, uma reportagem imputa aos negros a pecha de sacrificar animais selvagens em seus cultos religiosos. Mais uma, entre inúmeras, infâmias assacadas contra o povo negro. A reportagem da TV Globo mereceu rápida reação da Associação Nacional de Mídia Afro (ANMA), que rebateu os termos da matéria e confrontou a emis

Carapicuíba comemora o 1º Plano Municipal de Desenvolvimento Sustentável dos Povos Tradicionais de Matriz Africana

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A Década Internacional de Afrodescendentes foi iniciada em 1º de janeiro de 2015, por meio da Resolução nº 68/237, de 23 de dezembro de 2013, proclamada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, e se estenderá até 31 de dezembro de 2024. O lema é "Afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento". O principal objetivo da década é promover o respeito , a proteção e a realização de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais de afrodescendentes, como reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.  Estima-se que nas Américas haja 200 milhões de pessoas que se reconhecem como afrodescendentes. No Brasil, eles somam 52% dos 204 milhões de brasileiros, e ainda são vítimas de racismo, intolerância religiosa e preconceitos. A depreciação do negro brasileiro está presente na educação, no mundo do trabalho. As políticas públicas são insuficientes para mudar esse cenário e quebrar o perverso círculo construído pelo racismo. As polític

Entidades lançam frente em defesa das religiões e dos povos tradicionais de matriz africana

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Diante do crescimento da intolerância e do racismo contra cidadãos dos povos tradicionais de matriz africana, com o objetivo, entre outros, de cercear o direito às práticas religiosas ancestrais, o Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (Fonsanpotma), o Coletivo de Entidades Negras (CEN) e a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro), lançaram manifesto em defesa dos direitos dos segmentos que representam. Concitam ainda todos os demais setores ao engajamento nessa luta em defesa dos avanços consagrados na Constituição de 1988 e reconhecidos por organismos internacionais. O intuito é, unidos, barrar os retrocessos na legislação, voltados à eliminação, não só de direitos, bem como  das conquistas socioeconômicas alcançadas nas últimas décadas. A seguir a íntegra do manifesto das entidades, que esperam a adesão de todos engajados na mesma luta em defesa da preservação do Estado laico , do reconhecimento da pl

Umbanda é acima de tudo servir

Tata Ngunzetala Teoricamente a defino como um portal ancestral que tem as características próprias de acordo com o grupo que a forma.  A formação da  mônada   (1 )  e  egrégora   (2)   espirituais são de acordo com o grupo. Existem grupos de Umbanda que são quase uma igreja cristã, outros quase um candomblé, outros quase uma pajelança, outros quase um acampamento de cigano e há até mesmo grupos que parecem mais com templos de tradições orientais como o budismo e hinduísmo por exemplo. Mas a Umbanda mantém uma estrutura teológica coerente onde todas as linhas têm o seu espaço no grande portal espiritual ancestral, e sendo o Preto Velho e o Caboclo, por exemplo, seus maiores expoentes de ação e manifestação do amor divino, seguindo-se das diversas linhas espirituais de Orixás, das almas, das águas, de "esquerda" e tendo por Deus maior  Nzambi , que se manifesta na diversidade da natureza e de seus guias, sob a paz do manto de Oxalá englobando

Estado antidemocrático, não

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Rosane Garcia Após 31 anos do fim da ditadura militar, período marcado pela supressão dos direitos humanos, em que todas as formas de degradação e sofrimento físico e psicológico foram impostas aos considerados inimigos do regime, hoje novo método é adotado pelo Judiciário. Primeiro vem a prisão temporária: 5 dias, em seguida, a preventiva, por prazo indefinido. Nessa segunda etapa, a liberdade fica condicionada a delação premiada do suspeito ou acusado. Não tem porões nem sessões de torturas físicas. Elas foram substituídas pela pressão do noticiário, alimentado por vazamentos seletivos, com o conteúdo entregue aos veículos que cresceram e se nutriram do regime de exceção, que tornam o vilão o maior de todos os vilões. Não há dúvida de que todos que foram encarcerados, até o momento, são verdadeiramente vilões. Locupletaram-se dos mais variados esquemas de corrupção. Surrupiaram o dinheiro público para enriquecimento próprio. Apoderaram-se do setor público e o transformaram em trans

Fonsanpotma lança manifesto contra o racismo

 Diante das crises enfrentadas pelo país, o Fonsanpotma, por meio da sua direção nacional, lança manifesto em defesa dos direitos e interesses dos povos tradicionais de matriz africana, considerando a necessidade de enfrentamento ante o racismo que se propaga em todo o território nacional. Íntegra abaixo: FÓRUM NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DOS POVOS TRADICIONAIS DE MATRIZ AFRICANA – FONSANPOTMA _________________________________________________________________________________ MAIL: FONSANPOTMA@GMAIL.COM WWW.TRADICAOAFRICANA.BLOGSPOT.COM   CONVERGIR PARA ENFRENTAR O RACISMO SEM DIVERGIR NA ORIGEM Os processos de convergência evolutiva e de irradiação adaptativa levam à formação, respectivamente, de estruturas análogas e homólogas. Ou seja, partindo de lugares diferentes convergimos numa só luta, combater o racismo, análogas, mas teremos de ser homólogos em relação ao racismo. E, ter o entendimento que, para além da população dos homen

Economia e cooperativismo de matriz africana

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Representantes de povos bantus, jejês e iorubás se reúnem, em Porto Alegre (RS), entre 17 e 19 deste mês, para consagrar modelo tradicional de produção e consumo e resgatar uma estrutura econômica violentada pela cultura eurocêntrica. O encontro promete fortalecer a agricultura familiar tal como sempre se deu na história do continente. Solon Dias O Fórum Nacional de Saúde Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (Fonsanpotma) e a coordenação regional da entidade promovem, entre os dias 17 e 19 próximos,  em Porto Alegre (RS), o Encontro Estadual para Cooperativismo dos Povos Tradicionais de Matriz Africana. O Fórum proporá modelo de desenvolvimento que garanta ações no âmbito econômico e social para os Povos Tradicionais de Matriz Africana. Desde sua fundação, o Fonsanpotma defende a apropriação, pelos povos originários da África, dos meios de produção, a autogestão econômica e sua autodeterminação segundo os métodos tradicionais. A f